Redação

Na tarde desta quarta-feira (24), a Polícia Civil de Goiás prendeu Claudia Soares Alves, de 42 anos, sob suspeita de sequestrar um bebê recém-nascido horas após o parto, no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), em Minas Gerais. O caso chocou a região e mobilizou as autoridades para o resgate da criança, que foi encontrada em segurança.

Segundo informações do delegado Ricardo Chueire, responsável pelo caso, a ação rápida e coordenada entre as polícias de Uberlândia e Itumbiara foi crucial para localizar a médica e a bebê. Claudia foi detida quando estava chegando em sua residência na cidade de Itumbiara, situada no sul de Goiás.

"Encontramos a criança em bom estado de saúde, submetida a exames que não indicaram sinais de maus-tratos", afirmou o delegado em entrevista. Ele detalhou que a médica alegou estar sob efeito de medicamentos controlados e em um estado de surto no momento da prisão.

O sequestro ocorreu durante a noite, quando Claudia, utilizando vestimentas de profissional de saúde e um crachá da universidade, entrou na maternidade do HC-UFU e retirou a bebê, que tinha apenas três horas de vida. Imagens das câmeras de segurança mostram o momento em que ela chega e sai do hospital, carregando a criança consigo.

O pai da bebê, Édson Ferreira, relatou como a médica convenceu a família de que estava realizando procedimentos médicos legítimos: "Ela era muito bem articulada. Entrou, examinou minha esposa e mexeu nos seios dela para verificar se havia leite. Disse que era pediatra e que levaria a bebê para alimentá-la. Minutos depois, percebemos que nossa filha não estava mais lá."

O HC-UFU iniciou uma investigação interna para esclarecer todas as circunstâncias do incidente e está colaborando plenamente com as autoridades. A suspeita foi identificada utilizando um crachá da universidade, o que facilitou seu acesso às dependências hospitalares.

A Polícia Militar de Minas Gerais descreveu como Claudia saiu do hospital com a bebê dentro de uma mochila e fugiu em um veículo vermelho. O caso gerou preocupação e mobilização tanto das autoridades quanto da comunidade local, que agora aguarda por mais detalhes sobre o desdobramento das investigações e o destino legal da suspeita.

Até o fechamento desta reportagem, a defesa de Claudia Soares Alves não havia sido localizada para comentar sobre as acusações. O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRMMG) também não retornou aos pedidos de posicionamento da imprensa sobre o caso.